Roberto Marchesoni Grafica9 - Consultoria

O CALOMBO

Descrição: LOGO JF MAIO 2011

PARA MUITOS JÁ NÃO DA MAIS TEMPO.

Era uma vez um mercador de tapetes que viu que o seu mais belo tapete tinhaum calombo no centro.

Ele pisou no calombo a fim de achatá-lo - e conseguiu. Mas o calombo reapareceu em outro lugar.

O mercador pisou-o mais uma vez, e o calombo desapareceu - apenas por um momento, pois logo

reapareceu em outro lugar.

O mercador continuou a pular sobre o tapete pisoteando com raiva, até que finalmente

levantou a ponta do tapete e viu uma cobra sair debaixo dele.(*)


O Calombo & a Cultura Empresarial...


Nestes vários anos como consultor, aprendi a perceber o poder da cultura empresarial. Esse poder é tão grande que “enfeitiça” as pessoas, transformando-as em soldados fiéis - kamikazes da batalha empresarial - ou em “zumbis”, sem razão ou emoção.


Aprendi que a cultura empresarial é sempre responsável pelo que acontece de bom e de ruim nas empresas. Ao tentar implementar qualquer mudança, logo ouvimos:


- Não vai dar certo...

- Não tem verba para isso...

- Já vi esse filme antes...

- Aqui!? Não muda nada...

- Com esse chefe que nós temos! Hummm!


São comportamentos suficientes para minar os esforços de mudança de qualquer organização. Quando uma mudança dá certo, o mérito é do “grande chefe” que teve determinação, coragem e visão. Quando não dá, é a cultura que não permitiu.

Mas o que é cultura empresarial? O que é "esse animal" senão as conseqüências do estilo e da forma como a empresa é administrada? E quem administra? É o dono, as lideranças, os funcionários. Todos no mesmo barco fazendo a cultura da empresa. Querem mudar, mas dizem que a cultura – que eles cultivam – não permite. Então, pode-se concluir que eles, na verdade, não querem mudar... Ou não querem sair de suas “zonas de conforto”.

Creio que existem algumas razões autênticas para tais comportamentos muito comuns nas organizações:


Primeiro: A velha hierarquia do poder.


Com muitos séculos de idade a estrutura hierárquica nos submete a uma condição de inferioridade, subordinação, manipulação e submissão; e não há nada mais que brilhe aos olhos de um indivíduo do que o sentimento de poder sobre alguém. Shakespeare falou: "Dê poder ao homem e descobrirás quem realmente ele é". Parece que não, mas a regra ainda é: Manda quem pode obedece quem tem juízo. Investimos milhares de reais em treinamento de liderança para os chefes para dar-lhes autonomia, mas, na prática, os resultados são quase ridículos.

Competência não se compra. Se adquire com autoconhecimento, habilidades pessoais, experimentação, observação, estudos e pesquisas; errando e acertando.


Segundo: A incompatibilidade de interesses.


Do "dono da empresa" tem-se a imagem de egoísta, voltado somente para o lucro, que demite por prazer e tem atitudes impessoais e antipáticas. Geralmente os executivos são reprodutores deste modelo.

Os funcionários, alimentados por ideologias sindicais ultrapassadas, têm a imagem dos empresários como tubarões à espreita, prontos para tirar-lhes algo. A história tem demonstrado isso ao longo do tempo. Esse comportamento de arrogância do “patrão” e de submissão dos funcionários tem passado de pai para filho. Se você, leitor, quer comprovar esse fato, observe como o pessoal mais jovem se dirige a um chefe. Essa incompatibilidade tem diminuído, mas a passos muito lentos.

De qualquer forma, ainda é um fator inibidor para o estabelecimento de uma cultura empresarial mais inteligente e saudável.


Terceiro: A comunicação precária é grande vilã do cenário empresarial.


Pesquisas revelam que 90% dos problemas de uma empresa são provocados por falhas na comunicação. Jornais, murais, videoconferências, e-mails, intranet, extranet e internet são excelentes recursos de comunicação, mas o verdadeiro veículo é o indivíduo. São os diretores, as pessoas, os líderes. Se gasta muito dinheiro em veículos de

comunicação impressa e virtual, e quase nada no "veículo humano". Os espaços vazios deixados pela comunicação institucional são ocupados por boatos e fofocas que tiram a energia das pessoas. Perde-se muito tempo querendo saber coisas do próprio trabalho – para fazer melhor – ou do próximo a ser demitido. Quando a comunicação não está presente, as pessoas enchem suas mentes com fantasmas, desviando a atenção para o que não importa. A comunicação, quando bem trabalhada, é um fator por excelência de produtividade. Mas continuamos fazendo o jornalzinho e colando papéis com textos formais nos quadros de aviso, alheios ao que realmente se passa na empresa.


Quarto:


São os processos e as tecnologias de trabalho indefinidos ou confusos, as responsabilidades pouco claras, são fatores de stress e retrabalho para todos os funcionários. A vida útil – emocional - das pessoas que trabalham num ambiente deste tipo é curta. É como uma bateria sem recarga. Acabou, trocou. A única saída destas empresas é aumentar a rotatividade do pessoal e com isto todos os custos decorrentes. Esta é a maneira mais rápida de matar um negócio a médio ou longo prazo.

Cultura empresarial é coisa séria pois as neuroses e pressões da vida moderna são levadas para dentro das empresas e, nesses ambientes, são exercitados os jogos territoriais. Uma "cultura" fértil para situações de submissão, agressividade, desconfiança, rebeldia, conflitos - característicos de "ambientes contaminados” de trabalho – que minam a energia e a produtividade das pessoas. A sobrevivência dos empregos passa a ser prioridade número UM das pessoas.


Levantando a ponta do tapete.


Para corrigir algumas destas distorções, sugiro que façamos uma reflexão sobre os itens abaixo:


• Clareza de objetivos

Em que grau a empresa tem seus objetivos claros, definidos, formalmente para médio e longo prazo? Esses objetivos devem ser revistos semanalmente se for o caso.

• Integração e comunicação

Com que clareza esses objetivos são comunicados e qual o nível de comprometimento existente?

• Estrutura organizacional

Nossa estrutura organizacional facilita a coordenação de ações, esforços e a realização dos objetivos e das estratégias?

• Qualidade da decisão

Em que medida na nossa hierarquia as decisões são tomadas e com que velocidade?

• “Drive”

Nossa empresa é dinâmica, está atenta às mudanças, tem senso de oportunidade, estabelece objetivos arrojados e cria um ambiente motivador?

• Relacionamento com clientes

Qual é o nível de satisfação dos nossos clientes com os serviços que oferecemos?

• Concorrência

Qual o nível de informação e conhecimento que temos sobre nossos concorrentes?

• Desempenho profissional

O quanto o trabalho é estimulante para os funcionários e oferece desafios profissionais?

• Aprendizado

Nossa empresa estimula e proporciona oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional para os funcionários?


Um grande avanço para a transformação é reconhecer que a gestão da cultura organizacional é responsabilidade de todos e que ela é capaz de superar barreiras físicas e psicológicas. Também é capaz de perpetuar a empresa e, principalmente, facilitar o alinhamento dos interesses.

Gastamos muita energia nos envolvendo com situações de insatisfação, desmotivação, desencontros, conflitos não resolvidos, jogos de poder, jogos de sedução; quando deveríamos estar concentrados naquilo que realmente importa: A SINERGIA VOLTADA PARA RESULTADOS, QUALIDADE DE VIDA - FOCO !

Radicalizando, poderíamos dizer que quando se trata de cultura e clima organizacionais não existe meio termo. É cada vez mais difícil para uma empresa navegar em águas turbulentas junto com algumas pessoas que “parecem remar contra”. Isto atrasa o nosso ritmo e o que mais precisamos nos dias de hoje é de velocidade e competência. Quando nos mobilizamos para resultados mais superiores natural e sutilmente, separaremos o “joio do trigo”.


COMECE AGORA A LEVANTAR A PONTA DO TAPETE ou é melhor você ir “plantar bananeira na praia”.


J.Ferrari


(*) Texto do livro "A Quinta Disciplina" - Peter Senge

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